Evolução dos RPGs: De Final Fantasy VII (1997) até Final Fantasy XVII (2025)
Poucas franquias na história dos videogames podem ser usadas como uma régua para medir a evolução de todo um gênero. Final Fantasy é uma delas. Para milhões de jogadores, a jornada para salvar o mundo começou com personagens de cabelo espetado, espadas gigantes e magias espetaculares.
Mas como saímos dos blocos 3D do PlayStation 1 para os mundos fotorrealistas de hoje?
O Recomendex te convida para uma viagem no tempo. Vamos revisitar os marcos mais importantes da série, do game que redefiniu os RPGs nos anos 90 até o que podemos sonhar para o futuro da franquia em 2025. Prepare a nostalgia!
1997: O Big Bang - Final Fantasy VII e a Revolução 3D
Para muitos, Final Fantasy VII não foi apenas um jogo; foi um evento. A transição para o 3D no PlayStation foi um salto tecnológico sísmico. Os personagens poligonais interagindo em cenários pré-renderizados lindíssimos e as primeiras cenas cinematográficas (CGIs) que deixaram o mundo de queixo caído, estabeleceram um novo padrão para a narrativa nos games. O sistema de “Materia” permitia uma customização profunda e viciante, e a história de Cloud, Sephiroth e a luta contra a Shinra é, até hoje, um dos enredos mais amados e discutidos da cultura pop.
2001: A Era Cinematográfica - Final Fantasy X no PS2
Com a chegada do PlayStation 2, Final Fantasy X deu mais um salto, desta vez em direção a uma experiência cinematográfica completa. Foi o primeiro da série principal a apresentar dublagem, o que trouxe uma nova camada de emoção aos personagens. Os gráficos eram espetaculares, com expressões faciais e cenários totalmente em 3D que eram de tirar o fôlego. O sistema de batalha “Conditional Turn-Based” (CTB) era rápido e estratégico, e o “Sphere Grid” oferecia uma forma visual e recompensadora de evoluir os personagens.
A Aposta no Mundo Online: FFXI e FFXIV
A Square Enix provou que Final Fantasy poderia ser mais do que uma jornada solitária. Com Final Fantasy XI e, principalmente, Final Fantasy XIV, a série mergulhou no universo dos MMORPGs. Após um lançamento inicial problemático, FFXIV foi completamente refeito e renasceu com “A Realm Reborn”, tornando-se um dos MMOs mais aclamados da história. Ele provou que era possível ter uma narrativa profunda e emocionante, digna de um Final Fantasy single-player, dentro de um mundo online massivo e persistente.
2016: Abertura Total - Final Fantasy XV e o Mundo Aberto
Final Fantasy XV representou a maior mudança na fórmula da série em anos. O combate por turnos deu lugar a um sistema de ação em tempo real, rápido e dinâmico. O mapa se tornou um vasto mundo aberto para ser explorado de carro, em uma “road trip” entre quatro amigos. O foco na relação e nos diálogos entre Noctis, Prompto, Gladio e Ignis criou um dos grupos de protagonistas mais carismáticos e “reais” da franquia.
Revisitando o Passado: Final Fantasy VII Remake (2020)
Como reimaginar um clássico absoluto? O Remake de FFVII respondeu a essa pergunta de forma magistral. Ele não apenas recriou os gráficos de forma espetacular, mas expandiu a história, aprofundou os personagens e introduziu um sistema de batalha híbrido genial, que mistura a ação em tempo real com comandos estratégicos. É a prova de que a nostalgia pode andar de mãos dadas com a inovação.
2023: O Auge da Ação - Final Fantasy XVI e o Espetáculo dos Eikons
Se Final Fantasy XV abriu a porta para o combate de ação, Final Fantasy XVI chutou essa porta e a quebrou em mil pedaços. Com um tom de fantasia sombria inspirado em “Game of Thrones” e um sistema de combate desenvolvido por veteranos da série “Devil May Cry”, este é o Final Fantasy mais frenético e visceral de todos. A história de Clive Rosfield e sua busca por vingança é madura e cheia de reviravoltas políticas. Mas o verdadeiro espetáculo são as batalhas de Eikons (as Summons), que se transformam em confrontos de escala colossal, parecendo lutas de kaijus com uma qualidade cinematográfica de tirar o fôlego.
2025: O Próximo Salto - O que Esperamos de Final Fantasy XVII?
E o futuro? Com base na evolução da série e da tecnologia, podemos sonhar com o que o (fictício) Final Fantasy XVII trará em 2025. A expectativa é por um mundo aberto ainda mais denso e reativo, aproveitando o poder dos novos consoles. O sistema de combate deve continuar a evoluir na linha da ação, talvez com ainda mais elementos estratégicos. E com o avanço da IA, quem sabe não teremos NPCs com diálogos e reações ainda mais complexas e realistas, criando uma imersão nunca antes vista?
Dica de Ouro do Recomendex: Não Pule as Missões Secundárias!
Seja qual for o Final Fantasy que você escolher jogar, a dica de ouro é a mesma: explore! Muitas das melhores histórias, personagens mais cativantes e equipamentos mais poderosos estão escondidos nas missões secundárias. A jornada principal é incrível, mas a verdadeira magia de um RPG está em se perder no seu mundo.
Conclusão: A evolução dos RPGS
De blocos poligonais que despertaram nossa imaginação a mundos fotorrealistas que nos transportam para outra realidade, a jornada de Final Fantasy é um reflexo da própria evolução dos videogames. Ao longo de décadas, a série se reinventou inúmeras vezes, sem nunca perder sua essência: contar histórias épicas, apresentar personagens inesquecíveis e nos levar a lugares onde a magia é real.
Analisar a evolução de Final Fantasy é entender como a tecnologia pode servir à arte de contar histórias. E com um futuro que promete ser ainda mais grandioso, uma coisa é certa: a fantasia nunca será final.